Apresentação
O GI destaca a forma como as especificidades locais podem limitar ou reforçar as capacidades das pessoas para confrontar relações de poder e intervir localmente em desigualdades globais. Este GI explora contextos geográficos em todo o mundo, como o Sul da Europa, África, América Latina e Sul da Ásia. O estudo de diversos contextos etnográficos visa revelar os aspectos únicos de diferentes mundos sociais e quotidianos. Além disso, esta abordagem permite aos investigadores comparar e contrastar a forma como as comunidades locais interagem com a dinâmica global no que diz respeito a factores sociais, políticos e económicos. Este GI valoriza as perspectivas pós-coloniais e favorece abordagens explanatórias, críticas e interpretativas em detrimento de categorias top-down. O GI Quotidianos, Políticas e Desigualdades utiliza uma série de estratégias metodológicas, centrando-se na investigação etnográfica de longo prazo, e analisa vários temas como o género, a ecologia, a cidadania e a saúde. O GI espera descobrir novas perspectivas sobre estas questões complexas, encorajando iniciativas interdisciplinares e sinergias críticas de colaboração. Este GI pretende criar um “Fórum de crises cumulativas e de bem-estar” para promover uma discussão académica e pública no sentido de um quadro holístico de análise do bem-estar em Portugal. A antropologia está numa posição única para repensar a definição de qualidade de vida, com os meios de subsistência e as lutas das pessoas no seu centro, no contexto dos limites ecológicos e da sustentabilidade dos recursos planetários. O Fórum irá gerar produções académicas e públicas para melhorar as políticas e investimentos públicos e promover modelos de desenvolvimento alternativos.