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Esta investigação problematiza um conjunto de questões que se produzem a partir do desporto, relacionadas com raça, racismo e pós-colonialismo, tendo como base três contextos diferenciados, quer em termos geográficos quer em termos sociais e culturais.
O primeiro estudo de caso desenvolve-se a partir de uma pesquisa etnográfica com a Associação de Estudantes Africanos de Bragança, com especial enfoque para a sua equipa de futebol que compete no campeonato distrital. Tendo como ponto de partida as práticas e discursos racistas dirigidos a esta comunidade, a investigação estabelece um diálogo com o contexto antropológico/sociológico que caracteriza a população afrodescendente da Grande Lisboa.
O segundo caso de estudo desenrola-se junto da Associação Desportiva da Amadora, tendo como objetivos explorar a relação que se estabelece com a comunidade local, bem como analisar o modo como o contexto do clube cria condições para a celebração e afirmação da identidade racial.
O terceiro estudo de caso desenvolve-se a partir de uma pesquisa etnográfica sobre a “Fundação Miguel Escobar: Escola de Futebol Social”, que se situa na periferia de Coimbra e que concentra grande parte da comunidade Cigana local. Partindo deste quadro, analisam-se os discursos e práticas institucionais que se produzem sobre estes territórios, avaliando o seu impacto na perpetuação da exclusão e do racismo.

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