Abstract

O nosso consórcio LIMINALWATER, composto por cinco países (Portugal, Reino Unido, França, Áustria e Croácia) analisará o papel das contraculturas liminares das vias navegáveis ​​no âmbito de duas crises que se cruzam: a crise de diversificação, em parte imaginária, da Europa e a crise ecológica, muito real. As contraculturas emergem nas vias navegáveis ​​da Europa como resposta a estas duas crises e fornecem modelos de resiliência contra as mesmas. Queremos recuperar as narrativas submersas de como a água - imaginada ou literal - é central para as comunidades, os artistas, os ativistas e os municípios se reapropriaram do espaço urbano e natural pós-colonial, pós-fascista e pós-socialista. Utilizaremos metodologias da história, dos estudos literários, espaciais e etnográficas para explorar estes locais de produção cultural e de convívio. Centrando-nos em pontos de resistência esquecidos ou periféricos de água doce e salgada às crises imaginadas e reais, os nossos casos - alguns históricos e outros contemporâneos - estão localizados nas periferias atlânticas de Faro e Liverpool, nos portos do Canal da Mancha, Londres e Ostende, nas costas mediterrânicas de Marselha, Argel e dos Balcãs, e a rede fluvial que liga a Europa Central ao Egeu e aos Balcãs. O projeto irá trabalhar com os nossos parceiros associados - Sciaena (uma ONG ambiental portuguesa), o Museu das Civilizações Europeias e Mediterrânicas (Mucem) e o Museu Marítimo e Histórico do Litoral Croata em Rijeka (PPMHP).

Equipa