Abstract

O sistema extrativista global tem provocado consequências devastadoras, tanto para os ecossistemas que sustêm a vida neste planeta, quanto para os seres-humanos que os integram. Planear a transição para um tecido económico mais ecológico e democrático implicaria alicerçar a criatividade institucional no estudo aprofundado de experiências concretas. É nesse sentido que este trabalho se propõe a (i) analisar o desenvolvimento de “cooperativas integrais” em Portugal; (ii) identificar os princípios que contribuem para a sua sustentabilidade e resiliência económica, ecológica e social; (iii) propor políticas públicas que fomentem a sua viabilidade e replicabilidade, visando a robustez da economia social portuguesa. Prevê-se que esta investigação antropológica contribua, por um lado, para a crescente literatura transdisciplinar e transnacional sobre economias comunitárias, economia solidária e economia ecológica e, por outro, para uma estratégia de descentralização económica que permita enfrentar os atuais desafios socioambientais do país através do fomento da soberania e do desenvolvimento local.

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