16 a 23 setembro 2021
Até 07 setembro 2021
Laboratório Audiovisual do CRIA - ISCTE
18h00 - 22h00
Pesquisadoras/es, estudantes, antropólogas/os, profissionais das Ciências Sociais e Humanas, profissionais da comunicação e interessadas/os em geral.
Sobre o curso
O curso tem como objetivo realizar atividades teóricas e metodológicas que permitem às pessoas ler, com e pela imagem, o mundo que habitam, acessando os seus pontos de vista. Intitulada de Círculo Cultural, esta experiência antropológica estrutura-se na produção de conhecimento compartilhado com as pessoas, em interações e trocas, no movimento dialético e de atenção para as imagens.
O Círculo Cultural é baseado na conceção de educação de Paulo Freire e na visão ecológica do mundo de Tim Ingold; funciona como uma atividade interdisciplinar e pode ser feita em diferentes áreas das Ciências Sociais e Humanas.
Os estudantes do curso terão introdução teórica e farão exercícios práticos para desenvolver os seus Círculos.
Docência Emiliano Dantas (CRIA-ISCTE) | Filipe Marcelo Reis (CRIA-ISCTE)
Valor 70 euros (geral) | 60 euros (membros do CRIA)
O curso combina sessões de aulas presenciais em local aberto, no pátio da Universidade, com atividades práticas coletivas. Entre a segunda e a terceira aula, será feito um exercício, seguido de comentários e discussão pelo grupo.
30 setembro a 7 outubro 2021
Até 22 setembro 2021
online, via Zoom
18h00 - 22h00
Pesquisadoras/es, estudantes, antropólogas/os, profissionais das Ciências Sociais e Humanas, profissionais da comunicação e interessadas/os em geral.
Sobre o curso
O curso tem como objetivo realizar atividades teóricas e metodológicas que permitem às pessoas ler, com e pela imagem, o mundo que habitam, acessando os seus pontos de vista. Intitulada de Círculo Cultural, esta experiência antropológica estrutura-se na produção de conhecimento compartilhado com as pessoas, em interações e trocas, no movimento dialético e de atenção para as imagens.
O Círculo Cultural é baseado na conceção de educação de Paulo Freire e na visão ecológica do mundo de Tim Ingold; funciona como uma atividade interdisciplinar e pode ser feita em diferentes áreas das Ciências Sociais e Humanas.
Os estudantes do curso terão introdução teórica e farão exercícios práticos para desenvolver os seus Círculos.
Docência Emiliano Dantas (CRIA-ISCTE) | Filipe Marcelo Reis (CRIA-ISCTE)
Valor 70 euros (geral) | 60 euros (membros do CRIA)
O curso combina sessões de aulas síncronas com atividades práticas coletivas. Além de um exercício para ser feito entre a segunda e a terceira aula, que será comentado e discutido pelo grupo.
18 outubro a 25 novembro 2021
Até 13 outubro 2021
NOVA FCSH - Colégio Almada Negreiros (Campus de Campolide)
segundas, terças e quintas, das 18:00 às 20:00
Estudantes de ciências sociais, arquitetura e arte, público em geral
O curso inquire sobre as relações entre arte, religião e sociedade a partir de uma perspectiva multidisciplinar. O seu objetivo não é o de estabelecer uma elucidação “analítica” e “teórica” do conteúdo dessas noções ou da natureza da relação entre os “domínios” ou “fenómenos” que circunscrevem. Procura-se antes compreendê-las a partir do modo como a sua articulação define formas históricas e culturais plurais de constituição dos planos de partilha intersubjetiva que estão na base do que chamamos de comunidade, povo, nação ou tradição. Para o fazer organiza-se em três módulos que focam a história da arte do ocidente; as raízes metafísicas e os percursos históricos da reflexão sobre a definição e função religiosa e secular da arte; e, por último, os rumos e cruzamentos das perspectivas da fenomenologia e da interrogação antropológica, histórica e filosófica sobre arte.
Docentes: João Borges, Ricardo Santos Alexandre, Guilherme Figueiredo e Filipe Verde
Valor da Inscrição: 140€ | 80€ (membros do CRIA e estudantes, mediante comprovativo)
Os cancelamentos de inscrição ou pedidos de devolução só poderão ser feitos até ao dia 13 de outubro. O CRIA retém uma taxa de 10% nas devoluções de inscrições.
Módulo 1 - História da Arte Ocidental
Módulo 2 - Arte e Filosofia
Módulo 3 - Arte/Imagem, Religião e Sociedade
6 a 10 março 2023
Laboratório de Audiovisuais do CRIA (Iscte) – sala AA 126
17:30 - 20:30
Destinado a investigadores e estudantes que usem ou queiram desenvolver e aprofundar estratégias de pesquisa etnográficas.
Nº de participantes: mínimo 8 / máximo 20
Inscrição no curso deve ser acompanhada breve bio/cv e breve justificativa de interesse no curso enviada para o e-mail: paulo.raposo@iscte-iul.pt
A etnografia é, talvez, o centro nevrálgico do empreendimento antropológico e, para muitos de nós, marca distintiva, ainda que não consensual, da disciplina. Ao retomar questões teórico-metodológicas centrais relacionadas à etnografia, este curso se direciona a pensar a prática etnográfica como experimentação e apontar caminhos possíveis e criativos para sua realização.
Dia 01 – Sobre começos (06/03 de 17h30 às 20h30)
Etnografia modernista. Etnografia como método. Etnografia como prática e experiência. Etnografia como teoria.
Dia 2 – Deslocamentos etnográficos (07/03 de 17h30 às 20h30)
Etnografia e pós-modernismo. Etnografia como texto. Epistemologia da produção etnográfica. Etnografia como afetação. Etnografia como montagem.
Dia 3 – Etnografia e multimodalidade (08/03 de 17h30 às 20h30)
Experimentação na prática etnográfica. Etnografia, imagem e som. Aproximação entre arte e antropologia do ponto de vista de seus fazeres. Narrativa transmídia e antropologia multimodal.
Dia 4 – Etnografia e processos coletivos de produção (09/03 de 17h30 às 20h30)
Experimentação em processos etnográficos coletivos com imagens e sons. Filme e produção coletiva de conhecimento.
Dia 5 – Oficina de projetos (10/03 de 17h30 às 20h30)
Neste dia, participantes do curso são convidadas a apresentar seus projetos de investigação em curso ou futuros e pensaremos coletivamente possíveis caminhos teórico-metodológicos tendo como foco a experimentação etnográfica.
20 a 24 junho 2022
Até 31 maio 2022
Colégio Almada Negreiros NOVA FCSH, Campus de Campolide
O Património Cultural Imaterial refere-se aos bens culturais imateriais, e elementos materiais e naturais associados, que são expressivos de identidades e memórias coletivas de grupos e comunidades. Em 2003, a UNESCO aprovou a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que entrou em vigor em Portugal em 2008, com o intuito de impulsionar o estudo, salvaguarda, valorização e divulgação da diversidade cultural e de fomentar o desenvolvimento sustentável.
Acreditado pela UNESCO no âmbito da Convenção para a Salvaguarda do Património Imaterial e com ampla experiência na investigação e promoção do PCI, o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) convida agentes culturais, técnicos municipais e demais interessados a se inscreverem no curso “Metodologias da Antropologia para o Património Cultural Imaterial”.
Datas: 20 a 24 de junho de 2022
Horário: 10h00 às 18h00
Local: Colégio Almada Negreiros NOVA FCSH (Campus de Campolide)
Público-alvo: Agentes culturais, técnicos municipais, público em geral
Inscrição
valor: 170 euros
vagas: 10 (mín.) a 25 (máx.) participantes
prazo de inscrição: 31 de maio
prazo de pagamento: 8 de junho
cancelamento*: até 14 de junho
*O CRIA retém uma taxa de 10% na devolução da inscrição
formulário de inscrição
Contactos: +351 210 464 057 | cria@cria.org.pt | www.cria.org.pt
Organização: Centro em Rede de Investigação em Antropologia
Coordenação: Inês Lourenço, Joana Lucas, Marta Prista, Rodrigo Lacerda
Programa completo disponível para download abaixo.
Programa_CursoPCI_2022.pdf.pdf
27 a 31 janeiro 2020
Até 19 janeiro 2020
Colégio Almada Negreiros NOVA FCSH | Campus de Campolide
10h > 18h
Agentes culturais, técnicos municipais, público em geral
O Património Cultural Imaterial refere-se aos bens culturais
imateriais, e elementos materiais e naturais associados, que são
expressivos de identidades e memórias coletivas de grupos e
comunidades. Em 2003, a UNESCO aprovou a Convenção para a
Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que entrou em vigor
em Portugal em 2008, com o intuito de impulsionar o estudo,
salvaguarda, valorização e divulgação da diversidade cultural e de
fomentar o desenvolvimento sustentável.
O Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA),
enquanto promotor de diversas iniciativas nesta área e ONG
consultora da UNESCO no âmbito da Convenção para a
Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, convida agentes
culturais, técnicos municipais e demais interessados a se
inscreverem no curso Património Cultural Imaterial que tem como
objetivo capacitar os participantes para os principais debates e
instrumentos implicados na sua conceção, inventariação e
salvaguarda.
3 a 7 julho 2023
Até 18 junho 2023
NOVA FCSH (Avenida de Berna)
17:00 - 20:00
A alimentação tem sido um tema abordado pela Antropologia desde os primórdios da disciplina. Nas últimas décadas multiplicaram-se os estudos antropológicos sobre alimentação, nomeadamente de cariz etnográfico, explorando temas tão diversos como: género, identidades, migrações, usos do passado, património, turismo, classes, nação, globalização, contribuindo para a afirmação e autonomização desta área de estudos. O curso “Comida, Identidade e Cultura: uma introdução da Antropologia da Alimentação” apresentado à Escola de Verão 2023 da NOVA/FCSH propõe-se refletir sobre algumas destas questões e enquadrá-las teoricamente à luz da Antropologia da Alimentação.
Sessão 1: Pensar a Antropologia da Alimentação no mundo contemporâneo: temas, tendências e metodologias (Joana Lucas, CRIA – NOVA FCSH / IN2PAST).
Coordenação: Joana Lucas (CRIA-NOVA FCSH / IN2PAST)
Docentes: Joana Lucas (CRIA-NOVA FCSH / IN2PAST), Inês Mestre (CRIA, NOVA FCSH, ISCTE-IUL), Carlos Baptista (FLUC-UC)
Sessão 2: Dar sentido à mudança: práticas culinárias, identidade e memória em contexto migratório (Inês Mestre, CRIA – NOVA FCSH e ISCTE-IUL).
Sessão 3: Receituário da culinária portuense: contributos para o estudo da identidade e do património culinário da cidade do Porto (Carlos Baptista, FLUC-UC).
Sessão 4: O ritual, a religião e a alimentação: normas, práticas e transgressões (Joana Lucas, CRIA – NOVA FCSH / IN2PAST).
Sessão 5: Alimentação em museus: imaginando futuros. Apresentação e discussão dos resultados do exercício de pesquisa proposto no início do curso. (Inês Mestre, CRIA – NOVA FCSH e ISCTE-IUL).
3 a 8 julho 2023
Até 18 junho 2023
NOVA FCSH (Avenida de Berna)
10:00 - 14:00 (2ª-6ª) | 10:00 - 15:00 (Sábado)
Este workshop teórico-prático visa ensaiar cruzamentos possíveis entre desenho e antropologia, enquanto disciplinas do olhar.
Na história dos métodos do pensamento etnográfico, o desenho ocupou um lugar variável e intermitente. Nos últimos anos, porém, voltou a assumiu um certo destaque (Afonso 2004; Kuschnir, 2011; Cabau, 2016; Cabau; Almeida; Mapril, 2017). Este workshop enquadra-se neste regresso ao desenho, entendendo-o como uma ferramenta vocacionada para a observação do real. Apesar deste movimento de retorno, atualmente o desenho etnográfico é praticamente inexistente dos currículos de estudos antropológicos (uma inspiradora exceção encontramos em Kuschnir 2014) e, talvez por isso, não está formalizado em termos estilo, metodológicos ou expositivos (Azevedo 2016). Enquanto no passado o desenho utilizado na pesquisa etnográfica parecia seguir certas tendências representacionais – como o desenho anatómico e o de cultura material, retirados de outras disciplinas como a botânica ou a arqueologia – a atual não normatização pode ser libertadora (Cabau 2016). Uma vez que não estão convencionados métodos para desenhar em antropologia, o método ideal poderá ser “o não método”, uma “prática intensiva sem outra fixação que não aquela que cada assunto exige” (idem 2016: 36-37). Com este fio condutor, serão proporcionados espaços de reflexão teórico-prática através de um processo de “thinking through making” (Ingold 2011). Além dos métodos de observação e representação referidos para investigar a cultura material e elementos orgânicos, pretendemos explorar técnicas de registo gráfico de coisas, pessoas e outros seres vivos, bem como das relações que estes estabelecem entre si. Para tal, realizaremos exercícios de observação em três contextos distintos.
Sessão 1: O que foi e o que pode ser o desenho etnográfico? Apresentação dos cruzamentos entre desenho e antropologia na história da disciplina; O registo de dados brutos do terreno/uma forma de comunicação de resultados. Exercícios introdutórios de treino do olhar e desnaturalização de elementos do quotidiano.
Sessão 2, 3, 4 e 5: Sessões práticas de desenho em contextos urbanos. Sessões dedicadas a exercícios práticos de observação/representação em diferentes contextos da cidade de Lisboa, com atenção às relações entre coisas, pessoas e outros seres vivos, visando experimentar várias técnicas de representação gráfica, estimulando, sobretudo, o treino do olhar.
Sessão 6: Sessão de desenho em contextos urbanos. Apresentação e exposição de resultados. Reflexões finais.
Coordenação: Sónia Vespeira de Almeida (CRIA-NOVA FCSH / IN2PAST)
Docência: Sónia Vespeira de Almeida (CRIA-NOVA FCSH / IN2PAST), Daniela Rodrigues (CRIA-NOVA FCSH / IN2PAST) e Joana Miguel Almeida (CRIA-NOVA FCSH / IN2PAST)
28 a 30 setembro 2023
Até 10 setembro 2023
NOVA FCSH
10:00 - 17:00
Students, researchers and professionals in the fields of Anthropology, Social Sciences and Biological Sciences.
Number of participants: minimum 5 / maximum 20
Price: 90€ (20€ for students and 50€ for CRIA’s members)
Registration: The enrollment form includes a field for participants to write a brief justification of interest in the course (Portuguese or English) and explain which of these situations they are in: 1) I have never used GIS and I’m not familiar with mapping; 2) I have knowledge on some of the basics (what is a vector, raster), 3) I have previously used GIS for basic mapping, but I would like to know more. Students must provide a proof for enrollment in a university to carlos.moreira@cria.org.pt in order to apply for student prices.
Summary
Mapping is an essential tool for describing and understanding how humans and non-humans inhabit and share an environment.
In shared landscapes, mapping, animal observations, habitats and landmarks (human occupation of land; e.g., agricultural fields, fountains) allows us to analyse the spatiotemporal dynamics of human-wildlife coexistence.
This course will provide basic tools for mapping multispecies occurrence and interactions with QGIS, which can be useful for researchers and students undertaking fieldwork. Examples of map construction in the context of anthropology and primatology fieldwork will be used. Participants will also get familiar with remote sensing, including accessing and processing satellite imagery and exploring openly available datasets (e.g., human population density, forest cover, protected areas).
Material: Each participant/student must bring their laptop
Coordination: Amélia Frazão Moreira and Tânia Minhós
Trainer: Elena (Hellen) Bersacola – Postdoctoral researcher associated with the Centre for Ecology and Conservation (University of Exeter). Hellen's research focuses on understanding human-wildlife interactions within complex socio-ecological systems using different techniques including camera traps, interviews, spatiotemporal models and analysis of remote sensing data. During the past eight years Hellen has worked in Guinea-Bissau, West Africa, and currently co-directs the Cantanhez Chimpanzee Project, a multi-institutional network of researchers and conservation practitioners working on primate ecology, health and conservation in Cantanhez National Park, a protected agro-forest landscape in Guinea-Bissau.
The course will be taught in English, face-to-face, combining the manipulation of mapping tools, using selected case studies for practical exercises.
The contents will be as follows:
- Introduction to mapping: You will be introduced to GIS and its components, including coordinate reference systems, vector and raster layers, different geoprocessing and analysis tools. We will access freely available shapefiles, including country and administrative areas, protected area borders and species geographical ranges.
- Work with vector shapefiles. You will create a map comprising different vector shapefiles including points, lines and polygons, created from GPS data, using analysis tools and a reference map. You will know how to edit and extract data from shapefiles.
- Work with raster data 1: satellite imagery and other raster data for map visualisation. You will familiarise with ESA Sentinel and other freely available data, including forest cover and human population density. You will search, retrieve and create new layers from satellite imagery. You will learn how to create a map showing your study area, including 'true colour' satellite imagery, country and Protected Area borders and other elements (roads, villages).
- Work with raster data 2: extract raster data for statistical analysis. You will be introduced to the use of raster layers in statistical analyses, such as species distribution models, and learn how to extract data from raster layers at pre-determined spatial points to add to your dataset. As an example, you will create a raster of normalised difference vegetation index (NDVI) covering a protected area and extract raster values at survey locations.
17 a 21 junho 2024
Até 31 maio 2023
Colégio Almada Negreiros (NOVA FCSH, Campus de Campolide)
10:00 - 18:00
Agentes culturais, técnicos municipais, público em geral
Em 2003, a UNESCO aprovou a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, referente aos bens culturais imateriais, e elementos materiais e naturais associados, que são expressivos de identidades e memórias coletivas de grupos e comunidades. Enquanto os processos de inventariação e registo deste património têm sido cada vez mais discutidos e aplicados em Portugal, as dinâmicas associadas à sua salvaguarda, valorização e divulgação sustentáveis carecem de um maior reconhecimento e aprofundamento teórico-prático.
Acreditado pela UNESCO no âmbito da Convenção para a Salvaguarda do Património Imaterial e com ampla experiência na investigação e promoção desta área, o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) convida agentes culturais, técnicos municipais, empreendedores e demais interessados à inscrição no curso “Salvaguarda, valorização e divulgação do Património Cultural Imaterial: 20 anos da Convenção da UNESCO”. Do fomento dos meios de transmissão à mercadorização dos bens culturais, passando por diversas valências da museologia, o curso atende aos princípios da Convenção no seu reconhecimento dos grupos e comunidades como atores privilegiados nas práticas de conhecimento e de divulgação do seu património.
SEGUNDA-FEIRA | 17 JUNHO
10h00 > 13h00
Cultura e património: a salvaguarda em questão | Marta Prista
A salvaguarda como prática de conhecimento, transmissão e valorização do património cultural imaterial é preocupação central da Convenção de 2003. Partindo de uma introdução histórica e crítica aos conceitos de património e cultura, este módulo propõe uma discussão sobre o que é ou pode ser a salvaguarda, o quê se salvaguarda, por quem e para quem, e como impacta nas práticas e conceções das comunidades, grupos e indivíduos que fazem o património.
14h30 > 16h00
Salvaguarda do Património Cultural Imaterial em Portugal: o caso da candidatura do Fado à Lista Representativa da UNESCO | Rita Jerónimo
Percurso da salvaguarda do Património Cultural Imaterial em Portugal. O inventário nacional do PCI como instrumento de salvaguarda: controvérsias e paradoxos. Da marginalidade ao consenso nacional: processo de patrimonialização do Fado, a candidatura do Fado à Lista representativa do PCI da humanidade, história dum percurso, antecedentes, envolvimento da comunidade e plano de salvaguarda.
16h30 > 18h00
Dez anos de Dieta Mediterrânica enquanto património cultural imaterial: balanço e perspetivas | Joana Lucas
Neste módulo, a partir de um balanço dos dez anos da “Dieta Mediterrânica” enquanto património cultural da humanidade centrado em estudos de caso realizados em Portugal e Marrocos, pretende-se avaliar os impactos desta classificação nos dois territórios, bem como as transformações operadas ao nível das práticas e consumos alimentares. Pretende-se ainda pensar de que forma as narrativas associadas à “Dieta Mediterrânica” podem ser projetadas num futuro próximo.
TERÇA-FEIRA | 18 JUNHO
10h00 > 11h30
Avanços e impasses na transmissão de conhecimentos associados ao património | Hellington Vieira
A partir da pesquisa de campo realizada no âmbito da tese de doutoramento intitulada "A Resistência do Solo - Diálogos e narrativas da terra no Alto Alentejo", pretende-se apresentar uma reflexão sobre como a busca da imaginação baseada no registo etnográfico pode contribuir para os diálogos sobre a preservação e a continuidade de conhecimentos associados ao património, de modo que as práticas e os incentivos não sejam baseados sobretudo em interesses económicos e políticos. Trata-se também de pensar um futuro mais democrático para os caminhos do património no qual as possibilidades de ação possam superar as probabilidades.
11h30 > 13h00
Transmissão de geração em geração: a questão da imagem social | Júlio Sá Rego
PCI refere-se a uma manifestação viva. Sua continuidade está subordinada aos processos comunitários de transmissão de geração em geração, sejam eles orais, escritos, formais ou informais. Certas manifestações, contudo, enfrentam estigmas sociais que levam a juventude a se afastar de suas práticas culturais. Esse módulo aborda a questão da imagem social como ameaça à salvaguarda e formas de resistência a partir de estudos de caso em Moçambique e Portugal.
14h30 > 16h00
Desafios na (re)apropriação e restituição de património | Emiliano Dantas
O património colonial, enquanto imagem ou obra de arte, seria passível de ser reescrito, (re)significado ou (re)apropriado como uma mudança de narrativa? Esta indagação envolve ações políticas, artevismo, disputa narrativa e controle epistémico do Outro. A partir de casos ocorridos recentemente, observamos como o património colonial vem sendo problematizado estética e eticamente, tanto na Europa como nas ex-colónias.
16h30 > 18h00
Museus, coleções e restituição | Rodrigo Lacerda
Os museus e coleções etnográficas na Europa enfrentam diversos desafios em relação à sua construção epistemológica e política, bem como sua relevância para as sociedades contemporâneas. Simultaneamente, estas coleções, constituídas por objetos, artefactos audiovisuais e conhecimentos associados, têm atraído cada vez mais interesse das comunidades de origem e suas diásporas, destacando o potencial dos processos de restituição, especialmente os digitais ou virtuais, como meios para criar novas relações entre instituições, comunidades de origem e a sociedade em geral. Este módulo propõe uma abordagem que considera as restituições digitais não como o fim de um processo, mas como catalisadores de experimentação, reconfiguração e atualização museológica e como dispositivos de afirmação e reconstrução identitária e cultural de grupos sociais, tanto em Portugal, como noutros contextos.
QUARTA-FEIRA | 19 JUNHO
10h00 > 11h30
Do terreno ao museu: Diálogos (im)perfeitos entre o património vivo e o objeto museológico | Ana Saraiva
A partir de pontos de contacto entre expressões de património imaterial - no terreno - e objetos patrimonializados - no museu - exploram-se modos de fazer a “biografia do objeto”, o discurso expositivo e a prática da mediação, em co-criação com cidadãos e comunidades implicados na salvaguarda destes patrimónios.
11h30 > 13h00
Complexidade e multivocalidade: o património cultural imaterial das comunidades migrantes no espaço do museu | Inês Lourenço
O património imaterial das populações migrantes permite dar voz à heterogeneidade e à pluralidade das suas referências identitárias e culturais. Pretende-se refletir sobre o uso de metodologias colaborativas e inclusivas nas práticas expositivas do património migrante e do seu contributo para novas leituras e interpretações.
14h30 > 18h00
Mural 48 artistas, 48 anos de liberdade | Sónia Almeida, Marta Prista e Constança Arouca
Visita comentada
QUINTA-FEIRA | 20 JUNHO
10h00 > 11h30
Arquivos etnográficos: usos e potencialidades | Rita Ávila Cachado
Neste módulo será abordado o conceito de arquivo etnográfico, usos atuais (nacional e internacionalmente) e potenciais utilizações. Debateremos ainda sobre a consciencialização da importância da salvaguarda dos materiais etnográficos.
11h30 > 13h00
Os arquivos etnográficos e a (re)invenção das imagens | Márcia Mansur
Se, por um lado, a documentação é um dos principais eixos das ações de salvaguarda do património cultural imaterial, retomar o arquivo, por outro, é um ato estético e político da potência do devir. Nesta sessão, a partir do entrelaçamento da teoria cinematográfica e da filosofia da imagem, examinaremos os paradoxos da preservação. Tópicos incluem: o filme e o corpo como arquivos; imagem-tempo, montagem e extracampo; património cultural intangível e as materialidades da imagem; preservação do património e sobrevivência em imagens.
14h30 > 16h00
Valorização e mercadorização do património cultural imaterial | Mariana Silva
A linguagem do PCI já ultrapassou as fronteiras definidas pela UNESCO. A partir de alguns exemplos de processos de patrimonialização de indústrias tradicionais (como os lápis e o calçado), pretendemos olhar para circulações e contaminações entre o universo do património, os modos de mercadorização contemporâneos e as dimensões imateriais do consumo.
16h30 > 18h00
A alimentação como Património Cultural Imaterial: debates e críticas| Inês Mestre
Neste módulo são abordados, a partir de estudos de caso, alguns debates e críticas sobre a patrimonialização alimentar, nomeadamente na área do Património Cultural Imaterial. Temas como mercantilização, propriedade e circulação da cultura serão trazidos à discussão.
SEXTA-FEIRA | 21 JUNHO
10h00 > 11h30
Reaproximações entre património, natureza e cultura | Catarina Leal
A luta contra o petróleo no Algarve, travada até 2018, foi protagonizada por diferentes movimentos sociais que evocaram argumentos patrimonialistas para a defesa daquele território. A partir deste caso específico, propõe-se que os participantes deste módulo reflitam sobre a maleabilidade do conceito de património e sobre os seus usos políticos.
11h30 > 13h00
Diálogos com o ‘Mar Azul’ da Ericeira| Vera Azevedo
Através da perspetiva de surfistas e pescadores da Ericeira, observamos as tensões espoletadas por um projeto global que obedece a critérios ecológicos de preservação da natureza, o qual esteve na génese da Reserva Mundial de Surf, e as políticas públicas com vista ao desenvolvimento económico local em torno do património marítimo.
14h30 > 18h00
Workshop Medidas de salvaguarda, valorização e promoção do PCI | Júlio Sá Rego
A salvaguarda do PCI é a principal finalidade da Convenção de 2003. Classificações e listas são mais consideradas como vitrines da diversidade do PCI e compromissos com sua salvaguarda, enquanto o processo de inventário é erigido em principal instrumento de ação. A partir de processos concretos de inventário, esse workshop ambiciona dotar os participantes de ferramentas para desenhar estratégias concretas e efetivas de salvaguarda do PCI.
pausa para café prevista às 16h exceto na quarta-feira
23 a 27 setembro 2024
Até 16 setembro 2024
Iscte
FEE(S)
General public – 300€
Researchers from CRIA, ISTAR, ICNOVA (a 20% discount
should apply) – 240€
*The course is limited to 14 participants, and enrolment is on
a first-come, first-served basis.
Registation form at https://forms.gle/wdSJujU6NzN6vgs27
The dealine for registration is on Monday, 16th September.
The course will take place in Lisbon, from 23 to 27 September, (9 AM to 1 PM) at Iscte-Instituto Universitário de Lisboa.
Each day the workshop will be structured as the following part:
1st day: Introduction and Lecture
Presentation of the course, the teachers and the participants, division in groups for the exercises
First lecture:
1- Introduction to new digital media: AR, VR, XR
2 – Crossings and grafts between cinema, animation, documentary, immersive journalism
3 – “Traditional” storytelling and immersive spatial narration
2nd day: Technical lecture and exercises (with the VR expert)
Lecturer by the PhD expert about use of the VR camera, VR sound, and editing.
Division into groups for exercises (inside and in the garden outside ISTAR-Iscte)
Editing in group with the supervision of the two teachers.
Uploading in VR headsets, experience and discussion about affordances and constraints of VR 360° videos.
3rd day:
Lecture:
How to write a project: concept, storyboard, treatment
Surfacing from traditional documentary to VR animation
Case study Affiorare: experience with VR headsets and discussion
In group, the participant will think a project to make the next day and present to the class
4th day
In group, participants will shoot their VR video.
5th day (with the VR expert)
Editing of the pieces, uploading in VR headsets, experience by the participants and final discussions.
Participant: 12 participants maximum (OR 14 depending on number of cameras)
Target: researchers and students with few experiences in new media and virtual reality
6 a 27 fevereiro 2025
Até 05 fevereiro 2025
Sala A202, Edifício 4, Iscte Conhecimento e Inovação
18h > 21h
Alunos dos mestrados e doutoramentos em Antropologia e Artes, pessoas ligadas ao circuito artístico.
O número de bienais de arte no mundo tem vindo a crescer, incluindo no hemisfério sul, o que contribui para reduzir a inacessibilidade e a exclusividade que esses megaeventos de arte costumam incorporar. No entanto, as bienais continuam a ser espaços onde as contradições ligadas às relações de poder e à dinâmica do mercado de arte se tornam mais evidentes.
O curso apresenta parte dos resultados do projeto "Southern Thoughts on a Northern Biennale", conduzido durante as duas últimas edições da Bienal de Arte de Veneza (2022/2024). Este projeto reuniu observações e reflexões sobre o cenário artístico europeu e norte-americano, a partir da perspetiva de artistas e profissionais da arte do hemisfério sul, principalmente do continente africano, que participaram desses eventos. Essas reflexões são o ponto de partida para uma jornada através de grandes eventos de arte na Europa, tomando a Documenta 15, Lumbung (2022), como um caso emblemático, e no continente africano. Além de fornecer um enquadramento histórico, o curso busca trazer experiências contemporâneas e observar o estabelecimento de curadores africanos na Europa e fora do continente.
· Aula 1 | 6 de fevereiro: Histórico da Bienal de Veneza e megaeventos de arte na Europa (Documenta e Manifesta)
· Aula 2 | 13 de fevereiro: Southern Thoughts on a Northern Biennale: análise dos resultados
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