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Práticas artísticas confinadas: resistência e coletivismo na pandemia COVID-19 em Portugal

Investigador responsável: Sónia Vespeira de Almeida

Investigador externo responsável: Cristina Pratas Cruzeiro (IHA/ NOVA FCSH)

Grupo de investigação: Práticas e Políticas da Cultura


Palavras-chave

Práticas artísticas |Activismo | Crise | COVID-19 | Espaço público

Instituição financiadora

Instituto de História da Arte – NOVA FCSH

Parceiros

IHA NOVA FCSH (coord.); Centro de Artes e Criatividade (Câmara Municipal de Torres Vedras); Chão de Oliva

Estado

Fechado

Data de início

01-12-2021

Data de fim

31-05-2022


Abstract

Em março de 2020, Portugal identificou o primeiro caso de Covid-19, tendo sido decretado o primeiro estado de emergência logo em seguida. O sector da cultura foi dos primeiros a adiar e a cancelar espetáculos e exposições, a fechar museus, bibliotecas, arquivos e galerias. Se as condições laborais deste sector já se caracterizavam pela precariedade e intermitência, com a pandemia a situação agudizou-se. Face a situações de pobreza extrema que alguns destes profissionais enfrentam, à natureza dos vínculos laborais e à necessidade de continuar a criar e a usufruir da produção artística e cultural, têm emergido novas formas de auto-organização dentro do sector, não só em Portugal, como no estrangeiro. Este projeto, com duração de 6 meses, tem carácter exploratório e visa o estudo dos grupos cívicos (coletivos, associações, cooperativas e sindicatos), constituídos por profissionais da arte e da cultura que foram criados a partir de Março de 2020 em Portugal, com o objetivo de responderem à crise provocada pela pandemia Covid-19. Procura-se no projeto indagar como os referidos grupos têm sido criados, como se têm desenvolvido e contribuído para as dinâmicas de resistência política e social no espaço público. Através de uma ótica transdisciplinar que inclua a História de Arte e os Estudos Artísticos, pretende-se analisar as práticas artísticas e os movimentos de luta constituídos neste período, incidindo na performatividade, nas formas de organização, nas estratégias adotadas (políticas e artísticas) e, no limite, aferir o real impacto que as suas ações poderão ter tido nas mudanças de políticas culturais. Pretende-se ainda contextualizar este repertório de lutas relativamente à história recente do ativismo artístico, tomando como referência, por exemplo, a crise financeira de 2008, cujos efeitos estão ainda por sanar.

Equipa

Alexandra do Carmo (IHA/ NOVA FCSH)

Catarina Pires (IHA/ NOVA FCSH)

Daniela Salazar (IHA/ NOVA FCSH)

Raquel Ermida (IHA/NOVA FCSH)

Rita Barreira (IHA/ NOVA FCSH)