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Pequena Oficina da Antropologia

Investigador responsável: Giulia Cavallo

Investigador externo responsável: João Carlos Reis Pires Soares Almeida (EB1 Sampaio Garrido)

Grupo de investigação: Circulação e Produção de Lugares


Palavras-chave

Antropologia para crianças | Ensino da Antropologia

Instituição financiadora

Câmara Municipal de Lisboa (Programa Fazer Acontecer)

Estado

Fechado

Data de início

22-11-2021

Data de fim

30-06-2022


Abstract

Os investigadores do CRIA, Centro em Rede de Investigação em Antropologia, um dos maiores centros europeus dedicado à investigação antropológica, propõe uma parceria com os docentes da EB1 Sampaio Garrido, Freguesia de Arroios, para dinamizar umas oficinas semanais de Antropologia com os alunos das turmas 4A e 4B.

O projeto adequa-se a uma realidade escolar com múltiplas nacionalidades, onde aprender a conhecer o outro e a si mesmo torna-se uma ferramenta fundamental para o bem-estar da comunidade escolar e dos indivíduos, promovendo assim uma melhor convivência e novas formas de adquirir conhecimento, assim como novas práticas educativas que podem ajudar os alunos no desempenho escolar.

O projeto pretende desenvolver as oficinas, para alunos 4º ano, através da implementação da metodologia única sobre a qual se assenta a disciplina: o método etnográfico: a observação direta das realidades sociais através da recolha de histórias de vida, entrevistas, observação participante. A observação torna-se assim o ponto de partida na compreensão do outro. A Antropologia é proposta como ferramenta para adquirir por parte dos alunos competências de vida (as assim ditas Life Skills), quais a autoconsciência, a gestão das emoções, o pensamento critico, a capacidade de resolver os problemas, a comunicação eficaz, a promoção das relações interpessoais e da empatia. Através do método etnográfico, as crianças serão convidadas a adquirir informações diretas, não mediadas pelos meios de informação, e a se dirigir ao meio local (micro) do próprio bairro, para compreender melhor o global (macro) que conhecem através do filtro dos meios de informação.

Os alunos serão convidados a realizar pequenas etnografias dentro do próprio meio escolar, e com o envolvimento dos próprios pais, aproximando assim comunidades de diferentes origens. Os alunos poderão assim investigar sobre as trajetórias de vida dos pais e dos próprios colegas (pais de origem, profissão, língua materna, história dos pais de origem, memórias da infância, contos tradicionais, festas tradicionais, cultos, culinária). Os próprios alunos poderão também identificar temáticas específicas a serem aprofundadas, com a ajuda dos monitores e professores envolvidos no projeto.

O método etnográfico pretende estimular a produção de conhecimento por parte dos alunos, através da observação participante, de entrevistas qualitativas, biografias de vida, produzindo diários de campo, diários gráficos (recurso ao desenho para estimular a observação), cartografias de bairro, registos fotográficos e gráficos, aproximando arte e conteúdos etnográficos.

No final do projeto, os alunos serão convidados a partilhar com a comunidade escolar e a comunidade do bairro as próprias produções, através de exposições coletivas dos diários de campo, fotografias, desenhos, captações audiovisuais, pequenos textos descritivos.

Através das atividades desenvolvidas ao longo do projeto, os destinatários irão adquirir novas competências, quais a prática da investigação direta, a habilidade a recorrer a múltiplas ferramentas quais a fotografia, o texto, o desenho, o vídeo.

 

Equipa

Colaboradores

Kitti Baracsi

Circulação e Produção de Lugares

Colaboradores

Micol Brazzabeni

Governação, Políticas e Quotidiano