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Paisagens de risco: uma abordagem interdisciplinar para analisar a sustentabilidade da coexistência de humanos e chimpanzés

Investigador responsável: Kimberley Hockings

Grupo de investigação: Desafios Ambientais, Sustentabilidade e Etnografia


Palavras-chave

Interações entre humanos e vida selvagem | Paisagens de medo | Comportamento grandes símios | Mitigação de conflitos

Instituição financiadora

Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)

Estado

Fechado

Data de início

01-03-2015

Data de fim

01-06-2018

Referência

IF/01128/2014


Abstract

Para identificar mecanismos que venham a permitir coexistência a longo prazo, temos primeiro que compreender os custos e riscos que pessoas e animais impõem a si mesmos em ambientes partilhados. Isto requer uma abordagem sistémica que elucide as respostas de humanos e animais aos riscos da coexistência e que, com esse conhecimento, identifique de que maneira paisagens partilhadas podem ser melhor geridas de forma a acomodar as necessidades de ambos. Enquanto os humanos são caracteristicamente competidores dominantes neste tipo de sistemas, a vida selvagem pode ameaçar a segurança e subsistência humanas (e.g. sob a forma de comportamentos agressivos e destruição de cultivos/gado). Têm também impacto no uso de espaço e recursos por pessoas, bem como na consequente disposição ou capacidade de estas tolerarem a vida selvagem. Penetrar em, e explorar áreas antropogénicas é arriscado para a vida selvagem (e.g. devido ao risco acrescido de serem mortos por pessoas). Para sobreviver em proximidade com pessoas, os animais devem por isso ajustar o seu comportamento numa relação de compromisso entre maximizar ganhos energéticos e minimizar riscos. Esta investigação interdisciplinar amplia significativamente estudos anteriores para examinar sistematicamente, e a um nível muito mais detalhado, como é que humanos e chimpanzés que coexistem de forma tão próxima na Guiné-Bissau percepcionam e respondem ao outro em ambientes partilhados. Modelos SIG que integram a paisagem física e comportamental (particularmente "paisagens de medo" de encontro/ataque) irão identificar "hot spots" de risco e informar estratégias de mitigação de conflito, para reconciliar o bem-estar humano e a conservação da biodiversidade.