Abstract

A investigação antropológica sobre o budismo praticado por imigrantes em Portugal é limitada. O presente projeto pretende preencher essa lacuna, analisando a importância da prática budista tibetana entre migrantes Sherpas em Portugal. A pesquisa focar-se-á em (i) práticas realizadas em locais privados e semipúblicos em Lisboa e (ii) rituais coletivos em locais de culto, com destaque para o stupa Tashi Gomang, gerido pela comunidade Guhya Mantrika, em Alcácer do Sal, Setúbal. O trabalho de campo basear-se-á na: (i) observação etnográfica; (ii) entrevistas a membros da Associação Sherpa Kyidug Portugal, associações nepaleses e da comunidade Guhya Mantrika, (iii) e histórias de vida e de família de migrantes Sherpas. A pesquisa ocorrerá entre 2025 e 2029, na Área Metropolitana de Lisboa, Alcácer do Sal, bem como no Nepal de forma a perceber como a prática budista tibetana se articula com a identidade "Sherpa", no Nepal e na diáspora.