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O povo indígena Xetá foi apenas contatado na segunda metade do século XX, dadas as estratégias de ocultação para se esconderem dos colonizadores (LIMA, 2018). Nas primeiras décadas de contato com não-indígenas, entre o final dos anos 1940 e início de 1960, mais de 70% dos Xetás foram mortos. Entretanto, ao serem repatriados em cópias digitais pelo Museu Paranaense, as fotografias e os filmes produzidos por Vladimir Kozák entre 1960 e 1970, a partir de uma amizade de mais de 20 anos com os Xetás, têm sido fundamentais para a na resistência as novas tecnologias do genocídio sob o qual tal povo ainda se vê alvo (PACHECO, 2018; TUXÁ, 2022). Na presente investigação, proponho uma etnografia audiovisual sobre as agências destas imagens na luta pela demarcação do território Xetá e na transmissão de aspectos de sua cultura que lhes foram privados pela separação e isolamento dos sobreviventes dos primeiros contatos.

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