Na sua XIX edição, os Encontros da Primavera lançam sementes criativas para um futuro por vir. Nos 50 anos do 25 de Abril, ainda muito está por fazer no que diz respeito à democracia pela e para as artes. Não dizemos cultura, porque assumimos o seu sentido antropológico. Tudo é cultura. Reflectimos sobre processos criativos e o que se pode fazer em construção relacional com as pessoas, as materialidades, sonoridades, especialmente de comunidades  rurais em rápidos processos de despovoamento e em territórios paisagisticamente conserva dos e valorizados, quais oficinas inspiracionais. Há muito porvir, quer dizer, há muito futuro por construir com estes recursos humanos e materiais também eles sempre se reinventando  constantemente porque a ilusão da permanência é senão o vício trazido do aceleramento no  qual insistimos em viver nos contextos (mais) urbanos. É, portanto, uma edição inspirada na  democracia, na liberdade e no muito que há por fazer no objectivo de um país mais inclusivo.